sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tempo 2 (N.95)

Tempo...?
não há mais,
Os dias e as noites
Se misturam,
E as estações também.
As noites de lua no alto,
São frescas
Há brisa,
E ela traz o cheiro no ar
da dama da noite,
que embriaga os apaixonados.

2013

Tempo 1 (89)

Encastelei-me
Aqui não há:
trancas nem precipícios.
Aqui revejo os sonhos,
Emociono-me
com as aventuras.
Relembro você
seu sorriso,
Alegrias compartilhadas,
grandes e pequenas emoções.
O pouco e o muito
O que durou...
E o tempo que tudo levou.
Agosto 2013.

Sonhos (N.88)

A tua voz me enlouquece
e meu coração dispara.
Nesta insustentável
leveza de te amar.
Felicidade, cantada
dança, dançada
Sonhos...
Nesta insustentável
leveza de sonhar.
Na busca eterna
as ilusões se  desfazem,
Nesta insustentável
leveza de buscar.
Sonhar,
Sonhos sonhei.
Querer, quis,
Coragem,
Não tive.
Nesta insustentável
leveza de querer.
Maio 2013

Anna (87)

A mulher que cavalga
Além do seu tempo.
Salvadora dos desvalidos,
Importante nos gestos
humanitários.
Cavalga, Anna,
Com teu véu preto
Exemplo que deixas
a todas nós.
Exemplo que deixas
a tua descendência.
O céu de Minas tem
Mais uma estrela.
"Libertas quae sera tamen"

Maio de 2013 (Em comemoração
aos 106 anos dessa mineira)

Geração Livre (N.86)

Livre, livre...
De conceitos,
De compromissos,
De educação,
De comprometimento.
Geração descartável,
Geração da tecnologia avançada
Geração "ipod" e pode.
Geração do "wi fi"
Mas não sabem ouvir mais.
Geração do "rss"
Sem saber talvez o que dizer.
A tecnologia avança
O homem retrocede.
Maio de 2014

Emoções (N.85)

Escrevi minha história na areia
Veio o mar e a desfez.
Escrevi novamente,
Outra vez veio a onda e levou.
Não gosto mais do mar.
Ele leva as histórias.
A água salga as feridas.
Vou embora,
Buscar um rio de águas calmas,
Lá, onde nem areia tem.
Escreverei na terra e elas ficarão.
Fevereiro- 2014

De que é feito o amor? (N.84)

O amor é tecido de:
fantasias,
desejos,
coisas impossíveis.
Nele, não há medo,
Só certezas, que se concretizarão.
Com os pés e cabeça nas nuvens,
tudo é leve, suave.
Como um valsar.
Fevereiro 2014

Frio N.81)

Lá fora o frio.
Na lembrança:
o jardim florido,
lugar dos encontros.
Meu coração floresce
outra vez.
Há um brilho no olhar!
Que importa o frio?
Amo-te e
teu amor aquece-me.
Agosto-2013

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Para um Desconhecido

Vestido de preto,
Maio de 2013
Alma de mulher,
Saio em busca
de amores carnais.
Sou homem?
Sou mulher?
Quem sou?
A maquilagem esconde-me o rosto,
A peruca, meus cabelos,
Disfarço-me nos saltos,
Brilho na purpurina.
Amor bandido!
Coração despedaçado,
Sou só usado.
Pelas ruas, pelo becos,
Pelos lugares sombrios.
Sombría também é minha vida.

Beatriz

Você se foi,
Eu fiquei
Na escuridão das letras,
Posso brincar com elas,
mas não saberei lê-las.
Fique Beatriz,
Transforma-me,
Eu preciso juntar
as letrinhas.
Para que servem ?
Elas são tantas...
Elas se formam
E ninguém as lê.
Março 2013

Casa Amarela

A casa dos sonhos,
Onde tudo acontece,
Janelas imponentes.
Põe-me a imaginar,
Noites de céu estrelado.
Coaxam os sapos,
brilham vaga-lumes
como as estrelas.
A insônia também mora
na casa amarela.
Quando ela chega,
Vou até a janela
A visão da imensidão
do céu e suas estrelas.
Conforta-me,
E o sono chega.
Novembro 2013

Versos Soltos -2

Fui para o mundo,
Tranquei meu coração
Joguei a chave fora...
Nele não há mais lugar
Ele está vazio.
As caixas eram de papel,
E,se  rasgaram no tempo.
Os guardados evaporaram-se.
Sobraram simplesmente,
papeis furados e poeira.
Por isso tranquei-o.
Vou pelo mundo,
Buscar novas emoções.
Adeus!.
Outubro 2013

Versos Soltos-1

Ninguém nos rouba...
Se te roubaram carinho,
É por que tinhas para dar.
Se te roubaram abraços,
É por que tinhas
braços para abraçar.
Se te roubaram beijos,
É por que tinhas
felicidade para dar.
Para cada um
a quem damos nosso carinho,
deixam suas marcas em nós.
Quando compartilhamos,
Temos a fartura para doar.
julho 2013

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Lembranças


Dos chás, só quero boas lembranças
daquelas tardes, em que vinhas,
sorrateiramente trazer-me uma flor.
Lias as notícias interessantes,
tirava-me os olhos do bordado.
Ias novamente, deixando as
promessas da volta.
Sempre à espera...
Sempre à mesma hora...
Eu na varanda,
Na  ânsia do teu voltar.
Mas, já não vinhas...
Esse era seu jeito de ser,
Nutrias a esperança,
Colocavas ilusões nos corações
E partias.
rrodrigues



Utopia

Voltarão os dias em que:
sairemos sem medo,
as crianças brincarão nas ruas,
as pessoas conversarão novamente,
os ideais serão nobres,
as idéias serão claras,
os homens voltarão a ser humanos,
a pobreza desaparecerá do planeta,
os países não mais guerrearão,
a honestidade prevalecerá.
E a humanidade será uma
verdadeira humanidade.

Sem Título

Carregando seu fardo
O homem passa com sua
mochila nos ombros.
Tudo muito pesado,
Suas costas estão curvadas,
pelo peso da vida.
busca o sustento material.
Seus passos são trôpegos,
Vai, sem querer ir.
No fim do dia,
Cumpre a missão de ter ído.
31-08-2013